A LGPD é uma lei que define regras, limites e garante que seus dados pessoais sejam tratados com segurança e respeito.
Se você é um empresário, um profissional de TI ou simplesmente alguém que se preocupa com a privacidade na internet, entender a LGPD é uma necessidade. Desde sua promulgação, esta lei passou de um tema jurídico para um eixo central de governança, compliance e competitividade empresarial.
O uso de tecnologias como o hotspot Wi-Fi, que permite oferecer internet gratuita em empresas e estabelecimentos, é um exemplo prático de como a proteção de dados se tornou ainda mais relevante no nosso dia a dia.
Neste artigo vamos desmistiticar a LGPD de forma simples, abordar seus principais pontos e as responsabilidades das empresas para se adequarem a essa legislação.
Ao final do conteúdo você terá uma melhor ideia de como esta lei impacta no nosso dia a dia, detalhando obrigações, desafios, oportunidades e caminhos para a conformidade. Esse é um tema fundamental que traz luz ao impacto que a internet pode gerar nas nossas vidas e como interfere na relação entre indivíduos e empresas no Brasil.
Boa leitura!
O que é a LGPD
A LGPD é uma legislação brasileira que estabelece normas rigorosas para o tratamento de dados pessoais. É aplicada a todas as empresas, públicas ou privadas, que operam no país. Com sua implementação, é possível garantir a proteção de dados e a privacidade dos cidadãos, promovendo um ambiente mais seguro em um mundo cada vez mais digital.
Na prática, a legislação define que qualquer dado que identifique ou possa identificar uma pessoa é considerado um dado pessoal. Isso inclui informações básicas como nome, e-mail, telefone, número de CPF, mas também dados sensíveis como origem racial, opiniões políticas, dados de saúde e biometria.
A grande virada dessa lei está no controle: agora, quem detém o poder sobre esses dados é o próprio titular. Cabe às empresas não só respeitar esses direitos, mas também documentar, o que exige processos maduros, registro de operações e programas estruturados de governança de dados e compliance.
Essa regulamentação é um passo significativo para a proteção e a segurança da informação, refletindo uma crescente preocupação com a governança de dados em um cenário onde os impactos da LGPD.
O que significa LGPD
A sigla LGPD significa Lei Geral de Proteção de Dados. É a lei nº 13.709/2018). lei foi criada em 2018 e inspirada no GDPR europeu, que estabelece regras claras sobre como as informações de pessoas físicas devem ser coletadas, utilizadas, armazenadas e compartilhadas por empresas, órgãos públicos e outras entidades.
A criação da LGPD
A criação da LGPD tem origem em uma preocupação crescente sobre privacidade e proteção de dados no mundo todo. Alguns acontecimentos globais aceleraram a criação dessa lei como forma de prevenção aos danos. O Brasil, até então sem uma legislação específica sobre o tema, decidiu seguir o exemplo europeu e estabelecer regras claras sobre o que pode e o que não pode ser feito com os dados dos cidadãos.
A LGPD equilibra os interesses dos indivíduos. De um lado, garante que os dados dos brasileiros sejam tratados com respeito e do outro, permite que empresas continuem inovando, mas com responsabilidade.
A LGPD garante uma série de direitos fundamentais para os titulares de dados, promovendo a segurança e a privacidade das informações pessoais. Segue os principais direitos que essa lei garante:
- Direito de acesso;
- Direito à correção;
- Direito à portabilidade;
- Direito à anonimização, bloqueio ou eliminação;
- Revogação do consentimento;
- Direito à informação sobre compartilhamento;
- Direito à oposição;
- Direito à revisão de decisões automatizadas.
Direito de acesso
No direito de acesso, o titular pode solicitar informações sobre como seus dados estão sendo utilizados. Isso inclui a origem dos dados, com quem foram compartilhados e a finalidade do tratamento. Grandes empresas devem estar preparadas para responder com agilidade e precisão, usando registros auditáveis.
Direito à correção
Possibilita ao titular corrigir dados incompletos ou incorretos. Isso é essencial, pois garante que as informações que circulam sobre nós estejam sempre atualizadas e precisas. Sistemas corporativos precisam ter mecanismos para edição segura e registro das alterações, garantindo conformidade com políticas de integridade de dados.
Direito à portabilidade
O titular pode requisitar a transferência dos seus dados para outro fornecedor de serviço ou produto. Essa portabilidade deve ser feita de forma estruturada, segura e interoperável. É um direito que exige das empresas maturidade em governança de dados e padronização tecnológica.
Direito à anonimização, bloqueio ou eliminação
O titular pode solicitar a exclusão dos dados pessoais, principalmente quando não houver mais finalidade legal para seu uso ou quando o tratamento se baseia exclusivamente em consentimento. Isso exige processos claros de anonimização ou eliminação segura dos registros.
Direito de revogação do consentimento
Caso o titular tenha fornecido consentimento para o uso dos dados, ele tem o direito de revogá-lo a qualquer momento. As empresas devem garantir que essa solicitação seja simples de executar, sem penalizar o titular ou dificultar a experiência.
O titular tem o direito de saber com quais terceiros seus dados foram compartilhados, especialmente em cadeias complexas de fornecedores ou em integrações com sistemas externos. Isso demanda rastreabilidade total dentro dos fluxos de TI e jurídico.
Direito à oposição
O titular pode se opor ao tratamento dos seus dados em determinadas situações, como no uso por interesse legítimo. A empresa precisa avaliar se mantém a operação com base em justificativas legais, ou se interrompe o tratamento conforme solicitado.
Direito à revisão de decisões automatizadas
Se houver decisões baseadas exclusivamente em algoritmos — como análises de crédito ou aprovações automáticas — o titular pode solicitar uma revisão humana. Para isso, grandes organizações devem mapear seus fluxos automatizados e garantir canais adequados de contestação.
LGPD e o Wi-Fi nas empresas
A gestão de Wi-Fi corporativo e público é um ponto sensível mas bastante estratégico. Shoppings, redes de saúde, supermercados, bancos, grandes escritórios e instituições de ensino frequentemente oferecem conexão gratuita para clientes, pacientes ou visitantes. Sem uma camada adequada de autenticação, controle e consentimento, esses acessos podem expor a empresa a riscos legais sérios.
A LGPD exige que empresas sejam transparentes sobre como utilizam os dados e que obtenham o consentimento dos titulares antes de qualquer tratamento.
Além disso, a lei define papéis claros, como o do responsável pelo tratamento de dados, que deve assegurar a conformidade com a legislação. A lei também estabelece direitos dos titulares, permitindo que as pessoas saibam quais dados são coletados, para que finalidade e como podem solicitar a exclusão ou alteração dessas informações.
que possibilita ao titular corrigir dados incompletos ou incorretos. Isso é essencial, pois garante que as informações que circulam sobre nós estejam sempre atualizadas e precisas.
Para as grandes empresas, que lidam com volumes massivos de dados de clientes, colaboradores e parceiros, a lei representa uma mudança estrutural e estratégica. A ausência de política clara de tratamento de dados nas redes Wi-Fi pode representar falha grave no programa de compliance.
O WiFeed é uma solução que atua exatamente nesse ponto: oferece autenticação segura, integração com políticas de consentimento, registro de logs e relatórios auditáveis. Isso garante que o uso do Wi-Fi seja não apenas funcional, mas também conforme com a LGPD e alinhado com os programas de governança e privacidade corporativa.
Quem fiscaliza a LGPD e como as empresas devem se preparar?
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) é responsável por fiscalizar e garantir a aplicação da LGPD. Mas, além de aplicar sanções, a ANPD também atua como orientadora para boas práticas.
Em grandes empresas, a fiscalização no fica só por conta da ANPD. Auditorias internas, comitês de ética, conselhos de administração e envolvem os stakeholders que sempre exigem comprovações constantes de compliance.
Como as empresas podem se preparar para a LGPD?
Abaixo, fizemos um checklist de como sua empresa deve ser preparar para adaptação à LGPD e suas exigências:
- Mapear todos os processos que envolvem dados pessoais
- Classificar os dados (sensíveis, operacionais, marketing etc.)
- Implementar programas contínuos de conscientização e treinamento
- Integrar políticas de proteção de dados com segurança da informação e jurídico
- Ter mecanismos de controle, resposta a incidentes e governança ativa
Inclusive, é comum que grandes grupos implementem programas de privacy by design, criando soluções tecnológicas com privacidade como padrão desde a concepção.
Penalidades e impactos do descumprimento da lei nas empresas
A ANPD ganhou autonomia e poder de fiscalização. As penalidades por descumprimento da lei foram ajustadas e podem chegar a até 5% do faturamento anual da empresa, além de bloqueio ou eliminação dos dados tratados de forma irregular. Isso reforça a necessidade de um programa robusto de governança em proteção de dados.
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LGPD como diferencial e parte do compliance corporativo
Cumprir a LGPD deve ser parte do programa de compliance e da cultura organizacional. Empresas que integram privacidade ao seu modelo de negócio constroem uma reputação sólida e reduzem riscos operacionais, jurídicos e financeiros.
Além disso, os ganhos incluem:
- Melhoria na estrutura de dados e sistemas
- Redução de riscos de vazamento e fraudes
- Transparência com clientes e parceiros
- Vantagem competitiva em processos de ESG e auditorias externas
A conformidade com a LGPD deve ser encarada como um ativo estratégico. Em muitos setores, como bancário e varejo, estar em conformidade já é critério de seleção em licitações, parcerias e projetos com grandes marcas.
Perguntas e respostas
1- O que é a LGPD e para que serve? A LGPD é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, criada para garantir mais segurança, transparência e controle no uso de dados pessoais no Brasil.
2- Quem precisa seguir a LGPD? Todas as empresas que tratam dados de pessoas físicas no Brasil, públicas ou privadas, grandes ou pequenas devem estar em conformidade com a LGPD.
3- Quais são os dados protegidos pela LGPD? A LGPD protege qualquer dado que possa identificar uma pessoa, como nome, e-mail, CPF, IP, além de dados sensíveis como saúde e religião.
4- Quais são as penalidades da LGPD? Empresas que descumprem a LGPD podem receber advertências, multas de até 2% do faturamento (limitadas a R$ 50 milhões) e até suspensão de operações.
5- Como a LGPD afeta o uso do Wi-Fi nas empresas? Empresas que oferecem Wi-Fi devem garantir autenticação, consentimento e registro seguro dos acessos para estarem em conformidade com a LGPD.
Nas grandes empresas, a LGPD não fica apenas na parte jurídica, ela se conecta ao TI, marketing, RH, atendimento, auditoria e até aos conselhos. O primeiro passo é tratar o tema como prioridade, ter metas claras, indicadores e apoio da alta liderança.
Contar com soluções como o WiFeed, que ajudam a automatizar e padronizar o tratamento de dados em pontos críticos como redes Wi-Fi, acelera a maturidade do programa de privacidade.
Mais do que atender a uma legislação, estar em conformidade com a LGPD é sinal de responsabilidade e visão de longo prazo. E a jornada, apesar de complexa, pode ser conduzida com tecnologia e inteligência.
Por isso, entre em contato com a gente e decida ter todos os benefícios que uma ferramenta de gestão de autenticação e segurança como o WiFeed é capaz de proporcionar.