Entender sobre as diferenças entre filtro de conteúdo e firewall é importante para que empresas busquem aquela que mais se adequa à sua realidade.
Temos visto de perto que a maturidade em segurança da informação muitas vezes fica para trás, tornando os Wi-Fi corporativos vulneráveis por desconhecimento ou excesso de confiança.
O problema não está apenas na falta de ferramentas, mas em uma falha estrutural do próprio mercado: a confusão conceitual, a subestimação dos riscos e a adoção de soluções “de prateleira” sem o devido entendimento técnico.
Filtro de conteúdo ou Firewall? Qual usar? Ambas as soluções trazem um impacto positivo quando se trata de segurança, mas a pergunta é: você sabe qual delas faz mais sentido para a sua empresa?
É preciso avaliar alguns fatores: o que a solução entrega e se suficiente para a operação, quanto de investimento a sua empresa dispõe para segurança e o que vale mais a pena no momento.
Neste artigo vamos além do básico e falar sobre as reais diferenças entre Filtro de conteúdo e Firewall, casos de uso e o que fazer para proteger a sua rede de ameaças cada vez mais fortes.
O que é Filtragem de Conteúdo?
A filtragem de contéudo é uma ferramenta que restringe o acesso a determinados sites ou categorias de conteúdo na internet. Ele pode ser chamado também de filtro de conteúdo, filtro web ou proxy web.
O objetivo dessa solução é bloquear o acesso a sites considerados inadequados, perigosos ou improdutivos, com base em listas de categorias ou domínios definidos pelo administrador da rede.
- Permite bloquear sites por categorias (ex: redes sociais, pornografia, jogos, etc);
- Pode liberar apenas domínios específicos, bloqueando todo o restante;
- Atualiza-se automaticamente conforme as categorias de sites evoluem, sem necessidade de trabalho manual frequente.
Um relatório recente da Kaspersky revela que 71% das empresas brasileiras reconhecem ter lacunas em sua capacidade de enfrentar ciberameaças.
Então, além de evitar uma série de riscos legais, como violações à LGPD e ao Marco Civil da Internet, o filtro de conteúdo funciona como é uma camada extra de proteção contra acessos não permitidos e riscos virtuais.
Principais Diferenças entre Filtro de Conteúdo e Firewall
O que é Firewall?
O Firewall é um sistema de segurança que monitora e controla do tráfego de entrada e saída de acordo com regras predefinidas. Ele também atua como um “porteiro”, mas o olhar é direto para proteção contra malwares (softwares maliciosos usados por cibercriminosos para roubar dados, prejudicar sistemas e causar danos), bloqueando ou permitindo pacote de dados.
Os Firewalls operam principalmente na camada de rede, em diferentes níveis: hardware, sistema operacional e até aplicativo, analisando endereços IP de origem e destino, portas e protocolos.
Principais características do Firewall
- Analisar pacotes de dados, filtrando o tráfego com base em regras de segurança;
- Atuar em diferentes camadas da rede, protegendo contra ameaças como sniffers, trojans, spywares e malwares;
- Requer atualização constante para acompanhar novas ameaças e vulnerabilidades.
O Firewall forma uma abordagem de defesa em camadas em conjunto com outras soluções de segurança, como antivírus e políticas internas.
Filtro DNS e Firewall DNS: saiba as diferenças
Com a popularização das soluções baseadas em DNS, surge a dúvida comum: filtro DNS e firewall DNS são a mesma coisa? Não. Ambos utilizam o DNS para bloquear acessos, mas com propósitos e escopos diferentes:
Filtro DNS
O Filtro DNS é um tipo de filtro de conteúdo da Web que atua controlando o acesso a sites na internet a partir das consultas feitas ao sistema de nomes de domínio (DNS).
Ele funciona como uma barreira prática e econômica, bloqueando ou liberando o acesso a páginas conforme regras predefinida e dessa forma, impede que usuários acessem domínios associados a conteúdos maliciosos, phishing, malware ou categorias consideradas inadequadas.
Por ser fácil de implementar e gerenciar, o filtro DNS tem se tornado uma escolha comum entre pequenas e médias empresas que buscam proteger suas redes e evitar ameaças antes mesmo que o acesso aos sites seja concluído.
Casos práticos do uso da Filtragem DNS:
- Bloqueio de sites de phishing: Impedir que funcionários acessem páginas falsas que tentam roubar suas credenciais;
- Prevenção de acesso a sites de malware: Evitar que a rede seja infectada por softwares maliciosos hospedados em domínios conhecidos;
- Aplicação de políticas de uso da internet: Restringir o acesso a redes sociais ou sites de entretenimento durante o horário de trabalho;
- Proteção contra botnets: Bloquear a comunicação com servidores de comando e controle de botnet.
Firewall DNS
Por outro lado, um firewall DNS é uma funcionalidade mais específica e a sua principal função é monitorar de perto o tráfego da rede em um nível mais amplo.
Um firewall DNS pode inspecionar o tráfego DNS em busca de anomalias, tentativas de tunneling via DNS ou outras atividades maliciosas que utilizam o protocolo DNS como vetor de ataque.
Atua de forma semelhante ao filtro DNS, mas com recursos adicionais de monitoramento e aplicação de políticas de segurança mais robustas, podendo integrar-se a firewalls de próxima geração (NGFWs). Ainda assim, sua principal função é bloquear ameaças conhecidas via DNS e não de substituir o firewall tradicional.
Em resumo:
- O filtro DNS foca em bloquear o acesso a domínios maliciosos ou indesejados na fase de resolução de nomes.
- O firewall DNS (uma funcionalidade do firewall) foca em inspecionar o tráfego DNS em busca de atividades suspeitas e ameaças.
Filtro de conteúdo DNS ou Firewall DNS: qual deles utilizar?
A resposta correta não está em “qual é melhor”, mas sim em qual contexto cada solução se encaixa.
Tanto filtro DNS quanto firewall DNS são importantes para proteção de dados, mas com funções distintas. O problema que existe é como o mercado vende segurança. É perigoso utilizar soluções como essas de forma separada.
Para empresas que precisam de uma barreira inicial, prática e econômica, o filtro DNS cumpre bem seu papel. Já organizações que lidam com dados sensíveis ou que enfrentam ameaças mais sofisticadas devem investir em firewall DNS, sempre integrado a outras camadas de defesa.
O cenário ideal é a combinação de ambas as soluções, alinhadas a políticas de segurança claras, monitoramento constante e capacitação da equipe.
Portanto, a verdadeira questão não é qual ferramenta escolher isoladamente, mas sim como integrar efetivamente o filtro DNS e o firewall DNS (e outras camadas de segurança) em uma arquitetura coesa e resiliente.
A escolha não deveria ser entre um ou outro, mas sim sobre o quão seriamente você leva a proteção do seu ativo mais valioso: sua rede.
Hotspot Wi-Fi: a garantia de segurança de rede
Cada acesso desconhecido à rede da sua empresa pode ser uma porta de entrada para ameaças. Falamos neste conteúdo sobre diferenças entre filtro de conteúdo e Firewall, além das variações em DNS. Essas tecnologias bloqueiam acessos ou monitoram tráfego da rede, mas saiba que eles não tem controle sobre informações de quem tentou acessar e o quê.
Uma forma de virar esse jogo é associar o software de gestão de Hotspot Wi-Fi à estratégia de segurança de rede. Portanto, um portal cativo de conexão exige cadastro do usuário, armazena os dados de acesso em nuvem e cria um histórico detalhado, alinhado às exigências do Marco Civil da Internet e da LGPD.
Pense no cotidiano de provedores de internet e grandes empresas: quem oferece Wi-Fi sem controle está pedindo para ser responsabilizado por ações de terceiros e, na prática, pode acabar pagando caro por isso.
Segurança de rede não é luxo, é necessidade. Quem ainda acha que basta confiar na sorte, cedo ou tarde, vira estatística. Que tal assumir o controle e transformar o Wi-Fi em um aliado estratégico da sua segurança?
Fale com o time do WiFeed e transforme a sua rede em um ambiente seguro e que permite o gerenciamento de acessos. Com o WiFeed, você garante controle total sobre quem utiliza o Wi-Fi, registra cada conexão em conformidade com as leis.