O que é 5G e como essa tecnologia influencia o mercado de Provedores

Nos últimos anos, a tecnologia 5G tem sido uma das maiores estrelas do mundo da tecnologia e das telecomunicações. 

É uma revolução que está transformando rapidamente a forma como nos conectamos e interagimos com o mundo digital. À medida que essa nova geração de tecnologia móvel se torna uma realidade, não apenas nossos smartphones se beneficiarão, mas também toda a infraestrutura de internet em que confiamos diariamente.

Entender o que é o 5G e como ele está mudando o cenário da conectividade é fundamental para todos, desde consumidores ávidos por velocidades de download ultrarrápidas até provedores de internet que enfrentam desafios e oportunidades inéditas. 

Neste artigo, vamos nos aprofundar no que exatamente é o 5G, como funciona e, o mais importante, como essa tecnologia está afetando diretamente os provedores de internet em todo o mundo.

À medida que exploramos essa revolução tecnológica, você descobrirá que o 5G é mais do que apenas uma melhoria nas velocidades de conexão. É uma força disruptiva que está remodelando o cenário das telecomunicações e da internet. 

Os provedores de internet, como pilares da conectividade global, estão no epicentro dessa mudança.

Portanto, prepare-se para mergulhar na emocionante jornada do 5G e como ele está transformando a maneira como navegamos na internet, assistimos a vídeos, jogamos online e muito mais. 

Ao final deste artigo, você terá uma compreensão sólida de como os provedores de internet estão se adaptando e inovando para atender às crescentes demandas dos consumidores em uma era 5G em constante evolução. Vamos lá?

O que é 5G?

O 5G, abreviação de “quinta geração”, representa a mais recente evolução na tecnologia de comunicação móvel. 

Surge como uma resposta ao crescente apetite por velocidades de conexão mais rápidas e uma experiência de internet mais eficiente em um mundo cada vez mais conectado. 

A jornada do 5G começou no início dos anos 2010, quando pesquisadores e empresas de tecnologia passaram a investigar maneiras de superar as limitações das gerações anteriores, como o 4G.

Em 2017, a primeira especificação oficial do 5G foi lançada pela 3rd Generation Partnership Project (3GPP), um órgão global de padronização para telecomunicações móveis. Essa especificação estabeleceu as bases para o desenvolvimento de redes 5G em todo o mundo.

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Então, como o 5G funciona? A principal diferença em relação às gerações anteriores é a diversificação das frequências utilizadas. O 5G opera em uma ampla gama de frequências, incluindo bandas de alta frequência, também conhecidas como ondas milimétricas, e bandas de frequência média, como a faixa sub-6 GHz. 

Essa diversidade permite que o 5G alcance velocidades ultra rápidas e latência mínima, tornando-o adequado para uma variedade de aplicativos avançados.

O 5G não é apenas uma melhoria na velocidade de download em nossos smartphones. Ele é um catalisador para uma revolução tecnológica que abrange desde a Internet das Coisas (IoT) até a medicina remota e as cidades inteligentes. Está redefinindo a forma como vivemos, trabalhamos e nos comunicamos.

Além disso, o mercado do 5G está crescendo rapidamente. Espera-se que até 2025, mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo tenham acesso ao 5G, impulsionando ainda mais sua adoção e impacto.

Como o 5G influencia o mercado dos Provedores de Internet?

À medida que o 5G continua a se expandir e ganhar tração, seu impacto no mercado de provedores de internet é profundo e tangível. Vamos explorar alguns exemplos concretos de como essa tecnologia está influenciando e moldando esse mercado em evolução:

  • Expansão da Cobertura e Conectividade: O 5G permite que os provedores ampliem suas áreas de cobertura com eficiência. As redes 5G podem fornecer velocidades de conexão consistentes em áreas urbanas, suburbanas e rurais, atendendo a uma gama mais ampla de clientes.
  • Melhoria na Qualidade do Serviço: Com latência mínima e alta largura de banda, o 5G possibilita uma experiência de usuário muito mais fluida e sem interrupções. Isso se traduz em uma melhoria significativa na qualidade dos serviços de internet oferecidos pelos provedores.
  • Novos Modelos de Negócios: O 5G abre oportunidades para novos modelos de negócios. Os provedores podem oferecer serviços específicos, como conectividade para cidades inteligentes, fábricas automatizadas e assistência médica remota. Essas ofertas personalizadas podem impulsionar a receita e a diferenciação no mercado.
  • Aumento na Demanda de Banda Larga Fixa Sem Fio: O 5G está tornando a banda larga fixa sem fio uma alternativa viável aos serviços tradicionais de banda larga por cabo ou fibra. Isso permite que os provedores ofereçam conectividade de alta velocidade em áreas onde a infraestrutura fixa é limitada.
  • Competição Aquecida: Com a ascensão do 5G, a concorrência entre os provedores está aumentando. Novos players estão entrando no mercado para aproveitar as oportunidades oferecidas pela tecnologia. Isso pressiona os provedores estabelecidos a inovar e melhorar seus serviços.
  • Investimentos em Infraestrutura: Para tirar proveito do 5G, os provedores estão investindo pesadamente em infraestrutura, como torres de células, estações-base e equipamentos de rede. Isso não só impulsiona o crescimento do mercado de telecomunicações, mas também gera oportunidades para fornecedores de tecnologia.

A evolução da tecnologia

Agora que você já conhece mais sobre o 5G, vamos mergulhar na fascinante jornada de evolução da tecnologia de conexão móvel. Desde suas origens até o estado atual da arte, exploraremos como essa revolução na conectividade se desdobrou ao longo do tempo e o que o futuro reserva.

Primeira Versão: 1G (1980)

A primeira geração de redes móveis surgiu com um objetivo simples: permitir chamadas de voz em aparelhos sem fio, tornando possível a comunicação em movimento. No entanto, devido à capacidade de tráfego limitada e aos altos custos, o potencial de crescimento dessa nova tecnologia era incerto.

Como resultado, não houve uma padronização dos sinais. Por exemplo, na Europa, diferentes padrões foram adotados, como o TACS (Total Access Communication System) no Reino Unido, Áustria, Espanha, Irlanda e Itália, o NMT450 na Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca, e o Radiocom2000 na França.

Nos Estados Unidos, o padrão AMPS (Advanced Mobile Phone System) foi implementado em 1983, desenvolvido pela Bell Labs e Motorola. Esse padrão também foi adotado por vários países da América, incluindo o Brasil.

A Motorola, uma empresa que teve início em Chicago em 1928, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da tecnologia móvel. Ela começou fabricando eliminadores de bateria para rádios domésticos e, ao longo dos anos, revolucionou vários mercados, incluindo rádios para automóveis, sistemas de comunicação FM comercial e dispositivos móveis de comunicação pessoal.

O AMPS operava na faixa de 800 MHz e dividia as bandas em canais de 30 kHz usando o FDMA (Frequency Division Multiple Access). Isso permitiu uma transição suave e sem interferências quando os usuários se moviam entre as células de transmissão, impulsionando a mobilidade na telefonia.

Essa tecnologia AMPS foi um marco na história das redes móveis e abriu caminho para o desenvolvimento das gerações subsequentes.

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Segunda Versão: 2G (1990)

Enquanto a primeira geração (1G) das redes móveis estava inicialmente focada na transmissão de voz, a transição para a segunda geração (2G) marcou uma importante mudança do analógico para o digital. O 2G foi a primeira geração a incorporar canais de dados, possibilitando a transferência de imagens, como fotos.

A evolução para o 2G trouxe consigo uma série de funcionalidades adicionais que foram gradualmente introduzidas. Isso incluiu a capacidade de enviar mensagens de texto (SMS), compartilhar fotos (MMS) e até mesmo usar serviços de e-mail diretamente em dispositivos móveis.

Assim, o 2G abriu caminho para uma gama mais ampla de possibilidades, como o envio de mensagens de texto, compartilhamento de imagens e a conveniência de acessar serviços de e-mail diretamente por meio de dispositivos móveis.

Terceira Versão: 3G (2001)

O Universal Mobile Telecommunications System (UMTS), que faz parte da terceira geração de tecnologia móvel (3G), foi introduzido no Brasil em 2007, através dos planos oferecidos pela Claro. 

Essa tecnologia baseou-se no Wideband Code Division Multiple Access (W-CDMA), um padrão de radiofrequência que permitiu velocidades de conexão de até 2 Mbps tanto para download quanto para upload.

O advento do 3G trouxe consigo uma série de avanços significativos. Ele possibilitou a realização de videochamadas, a comunicação via VoIP (Voice over Internet Protocol), bem como o acesso à TV diretamente pelos dispositivos móveis. Além disso, houve melhorias notáveis no envio de e-mails e no envio de mensagens de texto (SMS).

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Quarta Versão: 4G (2010)

Nascido em 2010 e também conhecido como Long Term Evolution (LTE), o 4G se destaca como um dos padrões mais avançados no mercado de telecomunicações atualmente.

O que distingue o 4G das gerações anteriores de redes móveis é a sua abordagem centrada no tráfego de dados, em detrimento do tráfego de voz. Essa mudança de foco resulta em uma experiência de conectividade mais rápida e estável para os usuários, com taxas de download que podem atingir impressionantes 300 Mbps e upload de até 75 Mbps.

O 4G desencadeou uma série de avanços em diversas áreas relacionadas às conexões móveis. Impulsionou a indústria de jogos, tornando os jogos online mais acessíveis e livres de atrasos. Além disso, revolucionou os serviços de streaming, proporcionando aos consumidores uma experiência de visualização e audição de alta qualidade. Também desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do cloud computing, facilitando o acesso a aplicativos e dados armazenados na nuvem por meio de dispositivos móveis de maneira conveniente e eficiente.

As principais características da conexão 5G

O 5G é muito mais do que uma simples atualização das gerações de redes móveis. Ele é uma revolução que está transformando a maneira como nos conectamos e interagimos com o mundo digital. Nesta seção, vamos mergulhar nas principais características do 5G, destacando como essa tecnologia está definindo o futuro da conectividade de forma surpreendente.

Qual a velocidade do 5G?

O potencial do 5G é impressionante, com a capacidade de superar 1 Gb/s em velocidade de conexão. No entanto, é importante observar que as operadoras Claro, TIM e Vivo estipulam uma velocidade nominal de download de 10 Mb/s em seus contratos.

De acordo com um relatório divulgado pela Ookla em julho de 2023, a velocidade média de download do 5G no Brasil atingiu 446,9 Mb/s, com uma média de upload de 33,6 Mb/s. No entanto, é crucial compreender que a velocidade de uma rede 5G pode variar significativamente com base em fatores como o dispositivo utilizado, a localização, a operadora, o servidor de acesso e o número de usuários simultâneos.

Quais são as faixas de frequência do 5G no Brasil?

A rede 5G no Brasil opera principalmente na faixa de frequência de 3,5 GHz, conhecida como banda n78. Além disso, Claro, TIM e Vivo também implantaram antenas 5G em várias outras faixas de frequência, incluindo 700 MHz (n28), 1.800 MHz (n3), 2.100 MHz (n1), 2.300 MHz (n40) e 2.600 MHz (n7).

É importante notar que, embora Claro, TIM e Vivo tenham licença para operar com a tecnologia 5G em frequências de ondas milimétricas (mmWave), ainda não foram lançadas redes comerciais nesse espectro no Brasil. Portanto, toda a infraestrutura de 5G no país se enquadra na categoria Sub-6 GHz.

Entre as faixas de frequência disponíveis, as mais atrativas para a operação do 5G são a 3,5 GHz (n78) e a 2,3 GHz (n40). Isso ocorre porque essas frequências não eram amplamente utilizadas antes do leilão da Anatel. Embora tenham um alcance de sinal mais limitado em comparação com frequências mais baixas, oferecem maior velocidade e baixa latência devido ao espectro não congestionado.

Quais os tipos de conexão 5G?

  • 5G Standalone (SA): É considerado o 5G “puro”. Opera em frequências dedicadas e possui um núcleo de rede independente de tecnologias anteriores.
  • 5G Non-Standalone (NSA): Também considerado 5G “puro”, opera em frequências dedicadas, mas compartilha o mesmo núcleo de rede com a tecnologia 4G.
  • 5G DSS: Utiliza frequências compartilhadas com tecnologias anteriores, permitindo uma transição mais suave para o 5G.

Quais são as aplicações do 5G?

O 5G abre portas para uma série de aplicações inovadoras:

  1. Internet e comunicações móveis: Oferece internet de alta velocidade em smartphones e suporta chamadas de voz por meio da tecnologia VoNR.
  2. Banda larga sem fio (FWA): Leva internet de alta velocidade para residências e empresas sem a necessidade de cabos.
  3. Saúde: Facilita cirurgias remotas, consultas médicas e outras aplicações de telemedicina devido à baixa latência e alta velocidade.
  4. Carros autônomos: Aprimora a experiência em veículos autônomos graças à baixa latência.
  5. Indústria e Agricultura: Capacita máquinas e processos industriais com baixa latência e alta confiabilidade, tornando a comunicação eficiente em ambientes de produção e agricultura.
  6. Cidades inteligentes: Lida com uma grande quantidade de dispositivos simultaneamente, como sensores e câmeras em áreas urbanas, alimentando plataformas de gerenciamento inteligente em municípios.
  7. Realidade aumentada e Inteligência Artificial: A baixa latência e alta velocidade do 5G impulsionam aplicações de realidade aumentada, realidade virtual e inteligência artificial.

Como vai funcionar o 5G no mercado de IoT

A tecnologia 5G desempenhará um papel essencial na sociedade interconectada. Oferecendo suporte a um grande número de dispositivos e aprimorando a confiabilidade das comunicações, especialmente em aplicações críticas. 

O 5G será a espinha dorsal da conectividade sem fio em diversas áreas, incluindo casas inteligentes, dispositivos vestíveis, infraestrutura crítica, segurança e controle de tráfego, transmissão de mídia em alta velocidade, bem como processos industriais.

Embora as aplicações de Internet das Coisas (IoT) já encontrem suporte nas redes 4G, como LTE-M e NB-IoT, o 5G promete elevar ainda mais o padrão para as redes móveis IoT.

O 3GPP já incorporou o LTE-M e o NB-IoT nas especificações do 5G, garantindo sua relevância contínua nos futuros padrões. À medida que a tecnologia 5G continua a evoluir, as redes LPWAN (Wide Area Networks de Baixa Potência) se tornarão mais acessíveis e menos complexas, estabelecendo uma base sólida para serviços com eficiência energética.

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